segunda-feira, 27 de julho de 2015

Em um País Qualquer

Vamos falar de um país qualquer onde, talvez, um estádio de futebol representasse o simbolo maior desta nação tão envolvida com este esporte, mas pensando bem, eles não vivem em uma fase propicia baseando-se nos últimos resultados.
Tanto a politica que envolve este esporte quanto a praticada em seu planalto. 
Este país será melhor representado com esta arena ilustrada e para quem não sabe, era onde os gladiadores se digladiavam até a morte.

Bom seria se assim fosse, mas a realidade politica daquele país fazia com que as lutas travadas dentro da arena não acontecessem até a morte dos gladiadores, mas para benefícios particulares independentes das vitimas que faziam fora dela.

No palco principal desta arena podemos dizer que de um lado os gladiadores de esquerda, representados pela cor vermelha e seus súditos e do outro, gladiadores da direita representados pela cor azul e seus súditos.

Nas cadeiras, onde podemos chamar de arquibancadas, vemos uma parte da população daquele país, os "politizados", aqueles que defendem suas bandeiras com fervor e só conseguem ver qualidades nas suas cores de coração, quando percebem algumas falhas pensam logo nos erros "maiores" do governo passado para justificar suas escolhas. São aqueles que se acham espertos o suficiente e não se julgam manipulados, mas não percebem as "cordinhas" amarradas em seus braços e pernas os transformando em marionetes.

Nas cadeiras cativas estão aqueles que correm por fora, que organizam tudo e agem como empresas de eventos, podemos chama-los de assessores. 

Nos camarotes estão os que realmente comandam o espetáculos (país), os empresários, os que financiam e esperam o resultado da disputa para saber quem sobreviveu e quem sucumbiu (mas que continuam vivos). São o que não aparecem, aqueles que "não sabemos" quem são.

Para os que continuam lendo este texto, podem se perguntar, mas onde está representado a outra parte da população?

Diria que é uma boa pergunta e vou responde-la. A outra parte do povo deste pais qualquer, está fora desta arena, são aqueles que assistem o "espetáculo" calados em seus lares e só conseguem saber aquilo que é transmitido através dos meios de comunicações, claro, depois das devidas edições.

Me faz lembrar da história infantil sobre a rã que não sabia que estava sendo cozida. Ela foi jogada em uma panela de água fria e nada percebeu, enquanto o cozinheiro ia aquecendo aos poucos, quando ela se deu conta, já era tarde demais e assim foi cozida. "Qualquer semelhança é mera coincidência", já diziam.

O que distrai tanto assim uma nação inteira para que não perceba que está sendo cozida?
A resposta posso dizer que, entre outras coisas, está na qualidade da educação em que o povo está sujeito, ou melhor, na falta dela.
Situação que vem se arrastando a tanto tempo que criou uma geração de pessoas que não sabem mais reivindicar, que não conhecem seus direitos e portanto preferem assistir calados de suas poltronas todas as mentiras que afagam seus egos.

Criticar é fácil, sei bem disto, então vamos falar de soluções. Assim como esta mentalidade foi incutida ao longo prazo, assim também acontecerá com a solução para este quadro. 

Temos uma ferramente poderosa que é a internet, só precisamos aprender a usa-la e não nos deixarmos manipular por manchetes, lendo as matérias com cuidado sem acreditar totalmente.
Investigar as pessoas em que vão votar, conhecer o seu passado não apenas nas campanhas politicas dias antes das eleições, mas muito antes disto, até conseguir entender o porque se candidataram.

Nenhuma empresa contrata um candidato na primeira entrevista, assim também deveriam ser os eleitores em relação aos seus eleitos.
Depois de investigar e votar nos que melhores se enquadram para um bem comum, sim, porque não podemos escolher aqueles que dizem apenas que farão melhorias em seus bairros. Depois disto, cobrar suas atitudes acompanhando seus trabalhos de perto. 

Pessoas politizadas não são aquelas que sabem ler gráficos e ter argumentos para debater, isto também, mas, principalmente, aqueles que conseguem pensar sem torcida, sem se deixar levar emocionalmente por um político com história de vida triste e que, depois de eleito, nos colocam como reféns de seus desmandos. Muitas pessoas depois disto ainda não conseguem enxergar. Cuidado para que não estejam sendo vítimas da "Síndrome de Estocolmo".


segunda-feira, 20 de julho de 2015

Brasil, O Poder Pelo Poder

Vamos falar na linguagem que interessa, tirando a "burocracia" verbal, nomenclaturas e legendas.
Para que o povo possa entender é necessário ser direto, sem gráficos de levantamentos com origens duvidosas.
Vamos falar do que afeta o bolso, a mesa do brasileiro e tira o somo de muitas pessoas honestas que acordam cedo para o trabalho.
Brasileiros que perderam a noção e o jeito para reclamar seus direitos cada vez mais subtraídos, sem mencionar aqueles que nem os conhecem.

O que nós vemos no Brasil hoje não se pode chamar de política, mas de jogos de interesses em brigas do poder pelo poder.
Sempre que falamos de um grupo de pessoas ou de classes, devemos ter o cuidado de jamais generalizar, evidente que pessoas honestas e com boas intenções ainda existem e talvez por serem minoria nesta situação acabam exercendo pouca ou nenhuma influencia neste meio. 

No meio "dito" político brasileiro atualmente, críticas ou elogios são precipitados com tantos interesses particulares em jogo, tanto na oposição como da situação.  
Os partidos não pensam mais em conjunto e embora se unam por um objetivo, são fragmentados e cada fragmento tem seus interesses para benefícios que passam longe de ser em favor da população ou da maioria.

Enquanto em outros países a maior crise mundial acontece por questões externas, no Brasil se “dormem” com os inimigos.

A corrupção se alastrou de tal forma que é difícil saber onde começa ou onde termina, enquanto a população é manipulada com o pensamento de que são brigas entre oposição e situação, direita e esquerda, as discussões partidárias por interesses particulares estão fatiando o país e servindo seus pedaços "de bandejas" para todos os lados.

Descrevendo assim parece um quadro irreversível ou um relato da maior tragédia já vivida, mas não é bem assim, apenas estamos vivendo fatos inéditos com objetivos iguais ao do passado.

Houve uma melhora de 2002 até hoje, muitas políticas sociais fizeram a diferença e isto não se pode negar. Acesso a universidades, pessoas se alimentando melhor e um aumento no número de empregos.
A evolução acontece quando andamos e olhando para o futuro evitando cometer erros iguais aos do passado, por isto o argumento de que hoje muitas coisas estão melhores do que eram, mesmo sendo verdadeiro, não são justificativas para aceitar calados ou resmungando apenas, diante de tantas coisas erradas.

Geralmente quando se compara a vida atual com dificuldades do passado, a tendência é a aceitar o “menos ruim”, ao invés de buscar o que é bom.
A ideia no Brasil de que a oposição tem que se opor sempre e sob qualquer situação é muito forte, mas as coisas não são bem assim. Oposição deveria ser o “motor” reserva da situação para um bem maior, aqueles que revisam, fiscalizam e orientam quando percebe algo.
Por outro lado, a situação deveria ter atitudes mais humildes e, no mínimo, levar em consideração alertas da oposição.

Utopia alguns dirão, talvez, mas por terem esta visão negativista que as coisas deixaram de funcionar como se deveriam.
Uma parte da população que ainda se envolve com a política do pais discutem de forma desordenada como torcedores de futebol defendendo seus clubes (partidos), enquanto a outra parte não quer se envolver alegando “não gostar de política”. Tem as terceira e a quarta partes, aqueles que sem o mínimo estudo enxergam apenas os que dão e os que tiram a cesta básica e os auxílios “compra de voto”. Por último os que crescem "educados" a não se envolverem com isto, geração internet e vídeo game.

A saída está na educação e não tenho dúvida disto, mas é um remédio que leva a um tratamento de longo prazo e que precisa ser iniciado o mais rápido possível.

Certamente terão boicotes e muitos vão querer tomar conta das escolas, impor suas ideias e criar ideologias, mas a esperança é que isto não aconteça, que tudo corra de forma imparcial ensinado as pessoas desde criança a pensarem sem influencias.

É algo que esperamos que aconteça para o bem do futuro do Brasil, porque esta geração dificilmente sentirá mudanças significativas e infelizmente ainda serão manipuladas por muito tempo.



sexta-feira, 17 de julho de 2015

Brasil com Z

“O Brasil perdeu a sensibilidade para o absurdo...
Fazendo um paralelo, se uma pessoa é assaltada e esfaqueada por causa de uma bicicleta aqui no Central Parque em Nova Iorque, eles fechariam o parque, quinhentos policiais estariam cercando e isto não aconteceria. As pessoas em Nova Iorque conseguem ver os absurdos, nós brasileiros não mais. ” José Padilha (diretor do filme Tropa de Elite)

Para aquelas pessoas que não gostam de comparações, assim como eu, diria que não se trata disto, mas de uma sensibilidade que estamos perdendo e isto não é bom. Estamos nos indignando, mas a cada dia que passa nos conformando com a situação. Com o pensamento que se as ruas estão violentas, a solução é ficar em casa, enquanto isto a violência toma conta.
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As propagandas vinculadas nos meios de comunicações nos alerta para não sair com colares, pulseiras, carteiras e celulares a mostra; não usar roupas de marcas, tênis e se for viajar para alguma cidade turística tentar não se comportar como turista. Só falta dizer para viajar, mas não sair do hotel.
As pessoas ouvem estas reivindicações, se escandalizam com isto, resmungam, engolem seco e seguem à risca. Tudo continua como está, afinal a vida continua.

Alguns países criaram cartilhas ensinando a se defender dos assaltantes no Brasil, mais especificamente na cidade do Rio de Janeiro por motivo de vários eventos que lá acontecem. Atitudes como esta gera mais revolta nos brasileiros do que a onda de violências noticiadas todos os dias nos telejornais.
O povo brasileiro sem dúvidas é um povo patriota que não aceitam críticas vindas de fora, mas fecham os olhos se conformando com os problemas internos.

Aproveitando para fazer outro paralelo; nos Estados Unidos é comum ver bandeiras do país nas sacadas das casas, eles sentem orgulho de serem americanos, mas isto não quer dizer que aceitam tudo calados, sabem reivindicar seus direitos e não poupam criticas ao governo quando necessário.

Para muitos brasileiros a internet virou um lugar de desabafo, onde diariamente vejo pessoas revoltadas expondo seus pensamentos políticos. Ao se desconectarem, vão dormir aliviados por terem desabafado e acordam mais animados para enfrentar o dia seguinte.

O dia seguinte traz os mesmos problemas, nada mudou apenas iniciam uma manhã mais aliviados para os aborrecimentos das realidades que virão durante o dia.

É um povo que precisa rapidamente recuperar a sensibilidade do absurdo, aprender a cobrar seus direitos e que a suas vozes sejam mais ativas fazendo a diferença.



Segue a integra da entrevistada dada por José Padilha.



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