Desde que comecei a ter uma certa consciência política não consigo me lembrar de um governante que tenha se preocupado com questões básicas, mas fundamentais, como: educação, habitação, saúde, emprego, segurança e lazer. Quando sim, eram medidas paliativas e com pouco investimentos.
Todas as discussões políticas que tomaram e ainda tomam conta dos noticiários só envolvem tramóias, desvios e corrupções, mesmo assim continuamos esperançosos de que um dia isto tudo acabe e tenhamos governantes que resolvam nossas necessidades mais básicas.
Entra geração, sai geração e esta “esperança” continua,
assim como nossos problemas, com a diferença de que eles só aumentam e ficam
piores.
Hoje em dia sofremos as conseqüências da falta de
investimento na educação, pessoas que não sabem votar, sem capacitação e condições
de empregos dignos e com isto um percentual com forte inclinação para a criminalidade.
Esta corrupção enraizada afeta diretamente a família, onde seus pilares, tanto o pai
como a mãe sentem a necessidade de sair para trabalhar para prover o básico, gerando
filhos sem pais, sendo criados nas ruas por falta de creches, sem vaga nas escolas e não
precisamos descrever as conseqüências disto.
Ouço pessoas falarem e vejo nos noticiários nossos jovens
cometendo crimes bárbaros, não contentes apenas em levar os bens de
trabalhadores, mas ainda tirando suas vidas por besteira. Até isto “evoluiu”, dificilmente
se ouvia falar em latrocínio (roubo seguido de morte), embora houvessem muitos
assaltos, mas ao menos a vitima saia com sua saúde física ilesa.
Não classifico este como um texto pessimista, mas sim
realista, é isto que vejo faltando em nosso meio. Se existe uma condição que
podemos dizer que o povo brasileiro tem de sobra é o otimismo, mesmo que já não faça mais sentido tê-lo.
E bonito ver a nova geração reivindicar direitos, mesmo que
sem nenhuma base histórica, na verdade é o que falta, um estudo mais profundo
em nosso passado político, do mais antigo ao mais recente. Uma "massa" manipulada onde poucos ali sabem porque estão, os outros apenas "por ouvir dizer".
Hoje sinto uma geração mais imediatistas, ou seja, manifestações
buscando necessidades imediatas sem
pensar em conseqüências ou se a nossa constituição pode ou não atender esta reivindicações,
até porque poucos se preocupam em ler e entender.
Entra presidente e sai presidente, mas o comando sempre é o
mesmo, as brechas nas leis nunca são tapadas, os governantes das “sombras”
nunca aparecem para sabermos quem de fato governa este país. O que sabemos são apenas que eles querem que saibamos, não temos “curiosidade” de ver mais
a fundo e acreditamos em propagandas de margarinas durante as eleições.
Somos motivos de piadas, não apenas para pessoas de outros
países, como também, para aqueles que estão no poder das “sombras” espalhados
por este imenso país.
Quantos partidos políticos existem no Brasil e quantas
pessoas afiliadas que lançam suas candidaturas a cada ano eleitoral?
Não conhecemos um terço delas, e mesmo as que são midiáticos,
não avaliamos como deveríamos buscando em seu passado a sua integridade, o que
fizeram de fato por este país.
Apesar disto, como diz o ditado popular: “Uma andorinha só não
faz verão”, ainda mais quando existem no comando caçadores preparados para
abater cada “andorinha” que tente.
Ou trocamos todo o bando de andorinhas e torcemos para que
elas não se corrompam, ou jamais teremos um país em que seus governantes
estejam voltados para o bem comum da população.
Não vejo isto acontecer, até porque não temos maturidade política
para isto, reflexo da falta de investimento na educação onde hoje a qualidade é
a pior possível.
Infelizmente não sei como terminar este texto com uma frase
otimista na perspectiva humana, mas como cristão a muito tempo aprendi a
confiar em Deus, apesar de tudo entendo que só Ele pode nos provir diante de
qualquer governo corrupto, mas atenção, Deus não precisa de uma “bancada” no
governo para agir, cuidado com os exploradores da fé que buscam seus próprios interesses, pois até ai existe a
corrupção e isto desde a criação.
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