sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Cinco Pontos de uma Visão Bíblica sobre ética na Política


1) Toda autoridade procede de Deus (Romanos 13). Os governantes são vistos como servos de Deus neste mundo, para através da política e do exercício do poder promover o bem comum, recompensar os bons e punir os maus. Como tal, haverão de responder diante de Deus pela corrupção na política, pela insensibilidade e pelo egoísmo. A visão do cargo político como sendo uma delegação divina desperta no povo o devido respeito pelas autoridades, mas, ao mesmo tempo, produz nestas autoridades o senso crítico do dever.

2) Por outro lado, a Escritura não reconhece o conceito da soberania absoluta do Estado, um produto do panteísmo filosófico alemão e nem o conceito da soberania absoluta do povo, conforme defendido pela revolução francesa. O poder reside em Deus. Tanto o poder do Estado quanto do povo são delegados por ele visando a organização da humanidade. Como conseqüência, nenhum ser humano tem poder sobre seus semelhantes, a não ser quando delegado por Deus, ao ocupar um cargo de autoridade. Portanto, é antibíblica toda opressão política à mulher, ao pobre e ao estrangeiro, todo sistema político que produza escravidão, todo conceito de castas e qualquer distinção entre sacerdotes e leigos.

3) Já que o poder não é intrínseco ao ser humano, mas uma delegação divina, deve-se resistir pelos meios corretos a quem exerce o poder político em desacordo com a vontade de Deus. Esta vontade divina para os governantes se encontra claramente expressa na Bíblia, como por exemplo, nos Dez Mandamentos. Entre eles encontramos proposições como “não furtarás”, “não dirás falso testemunho”, “não matarás”. Esses mandamentos refletem absolutos éticos presentes em todas as civilizações, em função de todos os seres humanos levarem em sua constituição a imagem e semelhança de Deus – com maior ou menor precisão, em função da imperfeição moral existente na humanidade. Nenhum governante tem imunidade contra a Lei de Deus. Resistir à corrupção na política é dever de todos e a vontade de Deus para cada pessoa.

4) A corrupção na política é vista na Bíblia como tendo origem primariamente no coração dos seres humanos. A Bíblia afirma que não há sequer uma pessoa justa neste mundo. “Todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23). Jesus Cristo disse que é do coração dos homens e das mulheres que procedem “maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias” (Mateus 15.19-20). Quando a causa é identificada, há condições de se buscar o remédio adequado. Aqui se percebe a insuficiência de éticas humanistas reducionistas, que analisam apenas aspectos sociológicos e antropológicos da corrupção na política, deixando de incluir a dimensão pessoal: egoísmo, maldade, crueldade, despotismo, avareza, inveja, cobiça. As Escrituras pregam uma conversão interior dos governantes e dos governados a Deus, que se arrependam do mal e pratiquem obras de justiça.

5) Por fim, a Escritura nos ensina, ainda que de forma indireta, o conceito de graça comum (concedida a todos). Há princípios gerais estabelecidos por Deus que, se seguidos e aplicados, produzirão a ética na política. Deus abençoa a humanidade em geral com virtudes e qualidades, independentemente das convicções religiosas e políticas das pessoas. É por este motivo que encontramos quem se professa cristão e não tem ética, e encontramos a ética funcionando pelas mãos de quem não se declara cristão. Ao reconhecer a graça comum de Deus, o cristão entende que o caminho para a ética na política não é necessariamente colocar em cargos políticos quem se professa cristão, mas contribuir para que os princípios de igualdade, justiça, honestidade, verdade, transparência, equidade, misericórdia e outros acima mencionados sejam reconhecidos e exercidos por todos, independentemente da convicção religiosa.

Esse texto é de:  Augustus Nicodemus Lopes. Clique no nome para visualizar o perfil.

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Quem perde na política

Sou do tempo quando haviam só dois partidos políticos, ARENA e MDB, do final do militarismo e o começo de uma política mais “democrática”.

Desde que comecei a ter uma certa consciência  política não consigo me lembrar de um governante que tenha se preocupado com questões básicas, mas fundamentais, como: educação, habitação, saúde, emprego, segurança e lazer. Quando sim, eram medidas paliativas e com pouco investimentos.

Todas as discussões políticas que tomaram e ainda tomam conta dos noticiários só envolvem tramóias, desvios e corrupções, mesmo assim continuamos esperançosos de que um dia isto tudo acabe e tenhamos governantes que resolvam nossas necessidades mais básicas.

Entra geração, sai geração e esta “esperança” continua, assim como nossos problemas, com a diferença de que eles só aumentam e ficam piores.
Hoje em dia sofremos as conseqüências da falta de investimento na educação, pessoas que não sabem votar, sem capacitação e condições de empregos dignos e com isto um percentual com forte inclinação para a criminalidade.

Esta corrupção enraizada afeta diretamente a família, onde seus pilares, tanto o pai como a mãe sentem a necessidade de sair para trabalhar para prover o básico,  gerando filhos sem pais, sendo criados nas ruas por falta de creches, sem vaga nas escolas e não precisamos descrever as conseqüências disto.

Ouço pessoas falarem e vejo nos noticiários nossos jovens cometendo crimes bárbaros, não contentes apenas em levar os bens de trabalhadores, mas ainda tirando suas vidas por besteira. Até isto “evoluiu”, dificilmente se ouvia falar em latrocínio (roubo seguido de morte), embora houvessem muitos assaltos, mas ao menos a vitima saia com sua saúde física ilesa.

Não classifico este como um texto pessimista, mas sim realista, é isto que vejo faltando em nosso meio. Se existe uma condição que podemos dizer que o povo brasileiro tem de sobra é o otimismo, mesmo que já não faça mais sentido tê-lo.

E bonito ver a nova geração reivindicar direitos, mesmo que sem nenhuma base histórica, na verdade é o que falta, um estudo mais profundo em nosso passado político, do mais antigo ao mais recente. Uma "massa" manipulada onde poucos ali sabem porque estão, os outros apenas "por ouvir dizer".
Hoje sinto uma geração mais imediatistas, ou seja, manifestações buscando necessidades imediatas  sem pensar em conseqüências ou se a nossa constituição pode ou não atender esta reivindicações, até porque poucos se preocupam em ler e entender.

Entra presidente e sai presidente, mas o comando sempre é o mesmo, as brechas nas leis nunca são tapadas, os governantes das “sombras” nunca aparecem para sabermos quem de fato governa este país. O que sabemos são apenas que eles querem que saibamos, não temos “curiosidade” de ver mais a fundo e acreditamos em propagandas de margarinas durante as eleições.

Somos motivos de piadas, não apenas para pessoas de outros países, como também, para aqueles que estão no poder das “sombras” espalhados por este imenso país.

Quantos partidos políticos existem no Brasil e quantas pessoas afiliadas que lançam suas candidaturas a cada ano eleitoral?
Não conhecemos um terço delas, e mesmo as que são midiáticos, não avaliamos como deveríamos buscando em seu passado a sua integridade, o que fizeram de fato por este país.

Apesar disto, como diz o ditado popular: “Uma andorinha só não faz verão”, ainda mais quando existem no comando caçadores preparados para abater cada “andorinha” que tente.
Ou trocamos todo o bando de andorinhas e torcemos para que elas não se corrompam, ou jamais teremos um país em que seus governantes estejam voltados para o bem comum da população.

Não vejo isto acontecer, até porque não temos maturidade política para isto, reflexo da falta de investimento na educação onde hoje a qualidade é a pior possível.  

Infelizmente não sei como terminar este texto com uma frase otimista na perspectiva humana, mas como cristão a muito tempo aprendi a confiar em Deus, apesar de tudo entendo que só Ele pode nos provir diante de qualquer governo corrupto, mas atenção, Deus não precisa de uma “bancada” no governo para agir, cuidado com os exploradores da fé que buscam seus próprios interesses, pois até ai existe a corrupção e isto desde a criação.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

País Dividido

No Brasil, esta ultima eleição para presidente foi uma das mais disputadas, a diferença de votos entre os candidatos foi um dos menores.

Hoje as manifestações são constantes com as mais diversas reivindicações, o povo brasileiro cansou de ficar calado enquanto as coisas aconteciam. Infelizmente muitas delas movidas muito mais por ideologias do que por um bem comum, embora muitos pensem que sim.

O ditos “politizados” ao invés  de defender a bandeira da união, optaram por separar os brasileiros entre ricos e pobres, onde os ricos representados pela oposição, tendo sua maior força o PSDB; já os pobres se enxergavam representados pela situação, levantando a bandeira do PT.

O que os ditos “politizados” se esqueceram ou ignoraram é que a lei básica para se enfraquecer um “casa” é dividi-la, foi exatamente o que aconteceu, uma guerra ideológica onde ambos ficaram cegos e só queriam defender suas cores.

Uma primeira batalha foi “vencida” pela oposição, destituíram, mesmo que temporariamente, a situação, mas ironicamente uma terceira força assumiu o controle da ação, o PMDB, outrora escondida.

Como toda briga ideológica, sempre aparecem outras frentes querendo reivindicar seus “direitos”, um lugar ao sol, é o que está acontecendo agora:  “...mais mulheres no poder; mais negros; mais homossexuais; mais evangélicos, católicos.....”

É como se um bolo estivesse sendo repartido e cada um buscando garantir o seu pedaço, mas não é de um bolo que estamos falando e sim de uma nação. As vezes da-se a impressão que estamos vendo guerras de torcedores como em torneios de futebol ou por classes sociais, políticas, religiosas, étnicas e não de um país formado por pessoas que reivindicam seu direitos de cidadãos.

Um país dividido é uma nação fragilizada de um povo facilmente manipulado, ao ponto de “defender” erros menores cometidos justificando com outros de seus "adversários" que cometeram erros maiores, quando na verdade erros são erros e não importam seu tamanho, não deveriam ser cometidos.

Se alguém que errou foi afastado, agora o objetivo é afastar os outros que também erraram, como etapas, unidos por um propósito maior que não sejam seus próprios interesses.


Para isto é preciso união, que o povo olhem todos para uma mesma direção, que deixem de lado suas ideologias e se preocupem com um bem maior, só assim teremos uma nação onde seu povo respeitem uns aos outros, mesmo quando pensam diferentes. 
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